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Estupidez como Storytelling

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Como as narrativas viraram um fetiche em marketing

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Rafael Henrique Censon
set 02, 2024
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Estupidez como Storytelling
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 A solidariedade com que tratamos qualquer pessoa que se apresente vagamente como bem-sucedida no marketing é vexaminosa. Basta estar bem limpinho e num cenário arrumadinho para que ofereçamos toda lealdade canina ao desconhecido (mal) engravatado. E ainda damos a patinha.

O que em muitos lugares é apenas sinal de normalidade aqui vira sinal de excepcionalidade. Aqueles que duvidam um pouco do poder da primeira impressão são invejosos e perdedores. Mas nunca criticar, nunca rejeitar abertamente uma ideia ou alguém por medo ou por conveniência, é não ter nenhum rigor e nenhuma moral. A régua não está subindo: a régua está sumindo.

Nada indica tão bem essa passividade como a humildade cerebral que o marqueteiro digital tem diante do conceito de “narrativa”. Na mão de marqueteiro virou um tipo de abracadabra capaz de abrir as carteiras mais resistentes do público. Isso nas hipóteses mais bem-intencionadas. Entre os cretinos digitais “narrativa” virou um tipo de narcótico ou estupro: vicia ou alicia.

Eles apresentam narrativa de uma forma que não seria aceito nem em prova de ensino médio, mas no mercado digital centenas de pessoas pagam milhares de reais para aprender como “construir narrativas que vendem”.

Poucas se perguntam “por que” ou “o que é” e menos ainda “como o senhor pode provar que foi a narrativa que vendeu”. Ninguém liga contanto que seja diferente de tudo e mais fácil do que tudo.

Como eu tenho algo a ganhar não só com a confusão — pois os confusos viram péssimos profissionais — mas com o esclarecimento — os confusos se frustram e querem aprender — me vejo na obrigação de agir como um sabotador de narrativas. Verdade seja dita: não é apenas no marketing, mas os gurus do cinema também são assim. Afinal, de onde veio essa peste narrativa?

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