Parece impossível que a criatividade tenha alguma rotina ou que alguma rotina possa ser criativa. De um lado temos o bêbado Bukowski dizendo que “o ar, a luz, o tempo e o espaço não têm nada a ver com a escrita”. Escritores tão diferentes como Allen Ginsberg e Samuel Johnson eram da mesma turma. Diziam poder escrever sob qualquer condição em qualquer horário, como a Receita Federal. Nelson Rodrigues chegou a dizer “nunca ter tido dificuldade em escrever”, chocando a entrevistadora.
Apesar disso, centenas de pessoas criativas são famosas por causa das suas rotinas criativas. Não é suficiente dizer ao iniciante em qualquer coisa que ele precisa praticar todos os dias e encontrar o que é melhor para ele. Queremos regras ou pelo menos o que funciona “em geral”, quer dizer, para a maioria, para termos por onde começar. Afinal, o próprio Samuel Johnson também disse que “nenhum homem está sempre disposto a escrever, nem tem sempre algo a dizer”. Precisamos da rotina para quando a inspiração falhar.
Por sorte, em 1994 o psicólogo cognitivista Ronald Kellogg publicou um livro chamado “A Psicologia da Escrita” para responder especificamente ao trabalho criativo de quem escreve o que fazer e o que evitar na hora de montar a sua rotina. Diz ele que:
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