Um fenômeno curioso que acontece com quem se torna copywriter é o seguinte:
Ele passa a desprezar a ferramenta que bota comida na mesa.
Explico.
Normalmente quem se interessa por copy é alguém que se interessa primeiro por escrita e por leitura. É alguém que gosta da ideia de que a expressão escrita causa algum efeito no mundo exterior e interior.
Ele entende e busca o poder das palavras para mudar a sua vida e a vida dos outros. A ideia de ordenar o caos do mundo interior e manifestar poder sobre o caos exterior. Um disciplinador de destinos. Por isso é tão comum entre nós o ex-advogado.
Ele em segredo fantasia uma vida em que a escrita pudesse dar o pão e a diversão, pois quem viu O Iluminado sabe que"muito trabalho e pouca diversão deixam o Jack doidão".
Porém assim que o Ensino Médio acaba, esse sonho vira farinha no moinho das obrigações da vida adulta.
Os mais otimistas apostam em alguma virada editorial do mercado brasileiro — que nunca virá. Ele vai ser o grande romancista patrocinado pela Companhia das Letras enquanto faz pão caseiro e tem casa de frente para o mar (nem vamos falar dos aspirantes a poetas: inevitavelmente poucos e coitados).
Os mais espertos buscam uma conciliação a partir de uma pergunta simples:
como é que eu posso viver da escrita ainda que não seja como escritor?
A propaganda é (e sempre foi) o lugar preferido para os artistas alugarem os seus talentos sem se distanciarem das suas habilidades. Assim é pelo menos para os que pretendem comer com frequência e qualidade sem a inconveniência dos cobradores.
Curiosamente alguns até se aproximaram mais do seu talento porque agora eles não podem esperar a inspiração para funcionar.
Há clientes. Há chefes. Há prazos.
Deve ter sido esse o seu desejo quando apostou em copy.
Um ofício que prometia criatividade e dinheiro ao mesmo tempo, ainda que nem sempre pelos motivos mais nobres.
Porém..
Em copywriting pelo menos a parte de "copy" engoliu a parte de "writing. Os copywriters acham que não precisam aprender a escrever. Só a vender.
Eles não se veem como um tipo de escritor. Eles se veem tão somente como vendedores que, por um acaso, usam a linguagem.
Essa visão muda o foco para as táticas de venda e não para o domínio das ferramentas de comunicação da venda. Que alguns profissionais defendam isso enquanto usam palavras e não sinais de fumaça é para mim um mistério tremendo.
Esse foco na tática, que aparentemente é o que traria resultados mais rápidos para você porque "vai direto ao que interessa", parece ouro mas é ouropel.
Não é por nada não, mas se é isso que você quer, qualquer template de qualquer tipo de texto que você precise escrever está disponível a um Google de você. De graça. Eu juro. Se você realmente acreditasse nisso, já o teria feito.
Porque assim que você tira o template do bolso, vem o problema real:
como eu vou abordar isso aí no MEU caso?
A maior parte dos cursos só ensina as táticas porque é só isso mesmo que seus criadores têm para ensinar. Eles também vem da escola do xerox.
E quer saber? Eu entendo.
Eu entendo a pessoa que quer aprender algo bem específico para uma situação específica e só.
Eu entendo a pessoa que quer aprender a tocar uma música para impressionar as meninas no recreio ou para ganhar um carro do Luciano Hulk (com airfryer no porta-luva) .
Mas eles não têm a fantasia de que são músicos quando fazem isso. É apenas em marketing que isso acontece.
A pessoa aprende uma ou outra tática de venda.
Com alguma coragem, ela bota o negócio na rua.
Aquilo cedo ou tarde funciona e, como ela não sabe explicar por que funcionou, ela se apega à tática e dobra a aposta. É assim que as coisas são.
Agora é só repetir.
Isso dá um alívio bem gostoso porque significa que o esforço necessário é bem menor do que ela imaginava. E quando o dinheiro começa a cair, ela diz que agora viu a verdade e e que tudo o que ela aprendeu no passado era um erro.
O produto não importa. A escrita não importa. E até marketing não importa muito.
Ela confunde a necessidade de ganhar dinheiro com o sentido da vida.
Aos poucos vai morrendo dentro dela toda aquela vontade de ser profundamente bom no que faz.
É para esses que eu escrevo e para esses que eu ensino a escrever. Somos poucos, mas estamos crescendo, dia a dia, há mais de 2 anos.
Talvez seja um erro de marketing, mas eu gostaria de ver como as coisas se saem quando você pode conversar com alguém sem ter uma arma na cabeça.
É uma aposta em uma demanda que talvez nem você soubesse expressar até agora. Uma demanda por gente ambiciosa, inteligente e insuportavelmente boa.
Já temos pessoas ambiciosas e burras. Temos pessoas profundas e covardes.
Será que não existe um lugar para pessoas ambiciosas e profundas?
Para mim, esse lugar é o Copycraft. É um lance arriscado. Ainda mais num perfil pequeno como ainda é o meu.
Vai entender. Eu não entendo. Mas até agora umas 140 pessoas entenderam.
Eu poderia usar todas essas táticas comuns de marketing e desespero.
Eu sei fazer isso e sei que as pessoas compram mais quando ameaçadas.
Mas dessa vez, no meu projeto pessoal pelo menos, eu gostaria de falar com vocês como uma pessoa normal e dizer que vou manter as condições dessa proposta até o dia 7/4 para novos alunos (assinantes desta newsletter tem 10% de desconto. Responda este email para receber o cupom).
Se você é esse tipo de pessoa, será um prazer te mostrar que outro marketing é possível, porque é isso que tenho feito e ensinado nos últimos autores.
Novos autores. Novas técnicas. Novas oportunidades.
Essa é a promessa que eu posso cumprir porque não mudo nem mudei a vida de ninguém. Você é quem muda a sua vida com as ferramentas que apresento se você decidir usá-las. Você é a pessoa pela qual tem esperado mudar a sua vida. Só assim você pode vencer do seu jeito.
Se você não for ainda, não tem problema. Eu espero. Enquanto isso, aqui está o meu novo vídeo do YouTube.
Até mais!